10/06/2016 - Porto Alegre (RS): apenas a capital gaúcha e outras três cidades registraram alta acima da inflação em maio
São Paulo – O preço médio dos imóveis subiu apenas 0,11% nos últimos 12 meses encerrados em maio, segundo o Índice FipeZap, que acompanha a variação nos valores de casas e apartamentos anunciados para venda em 20 cidades brasileiras. Essa é a menor alta em 12 meses já registrada pelo índice, que iniciou sua versão ampliada (com 20 cidades) em janeiro de 2013.
No mesmo período, a inflação medida pelo IPCA deve ficar em 9,06%, segundo a previsão do Boletim Focus do Banco Central. Isso significa que ao considerar o efeito da alta dos preços, o índice apresenta queda real de 8,21% em 12 meses.
A queda real é registrada quando o valor de um determinado bem tem uma alta inferior ao aumento generalizado de preços, medido por índices inflacionários, como o IPCA. Vale destacar que a variação real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação.
Nenhuma das 20 cidades que compõem o índice registrou variação superior à inflação nos últimos 12 meses e em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Niterói e Distrito Federal houve queda nominal de preços (variação negativa) no período.
Variação em 2016 e em maio
No acumulado de 2016, o índice ficou praticamente estável, apresentando leve alta de 0,04%. No mês de maio, os preços também ficaram quase estagnados, registrando alta de apenas 0,07%.
Cinco cidades, dentre as 20 acompanhadas, apresentaram variação negativa no mês e apenas quatro cidades apresentaram altas acima da inflação: Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Vitória.
O valor médio do metro quadrado anunciado das 20 cidades foi de 7.639 reais em maio. Mesmo com uma queda de 0,56% dos preços em maio, o Rio de Janeiro continua sendo a cidade com o metro quadrado mais caro do país (10.282 reais), seguida por São Paulo (8.633 reais). Já as cidades brasileiras com menor valor médio do metro quadrado foram: Contagem (3.552 reais) e Goiânia (4.245 reais).
Veja na tabela a seguir a variação dos preços dos imóveis à venda nas 20 cidades acompanhadas pelo índice FipeZap em maio, abril e nos últimos 12 meses. A lista foi ordenada da maior para a menor variação em maio.
Região | Variação em maio | Variação em abril | Variação em 2016 | Variação nos últimos 12 meses |
Vitória | 1,32% | 0,80% | 2,13% | 6,64% |
Curitiba | 0,82% | 0,84% | 1,93% | 2,40% |
Porto Alegre | 0,66% | 0,52% | 1,28% | 2,59% |
Salvador | 0,61% | 0,47% | 0,08% | 0,93% |
IPCA (IBGE)* | 0,54% | 0,61% | 3,80% | 9,06% |
Campinas | 0,27% | 0,18% | 0,67% | 2,22% |
Belo Horizonte | 0,26% | 0,22% | 1,03% | -0,25% |
Contagem | 0,24% | 0,04% | 0,33% | 0,46% |
Santo André | 0,23% | 0,12% | 1,98% | 4,54% |
Santos | 0,23% | -0,15% | -0,90% | 1,11% |
Distrito Federal | 0,14% | 0,19% | -0,12% | -0,36% |
São Paulo | 0,12% | 0,06% | 0,32% | 0,72% |
Índice FipeZap Ampliado (Venda, 20 cidades) | 0,07% | 0,07% | 0,04% | 0,11% |
São Bernardo do Campo | 0,05% | -0,03% | 0,31% | 1,38% |
São Caetano do Sul | 0,04% | 0,07% | 0,86% | 3,35% |
Vila Velha | 0,03% | 0,08% | 1,22% | 3,15% |
Niteroi | 0,02% | -0,17% | -1,60% | -2,63% |
Florianópolis | -0,03% | 0,16% | 2,70% | 6,63% |
Fortaleza | -0,07% | -0,14% | -0,87% | 1,77% |
Recife | -0,08% | -0,06% | -1,11% | -1,39% |
Goiânia | -0,38% | -0,16% | 0,84% | 2,20% |
Rio de Janeiro | -0,56% | -0,30% | -1,42% | -3,31% |
Região | Preço médio do metro quadrado em maio |
Rio de Janeiro | R$ 10.282 |
São Paulo | R$ 8.633 |
Distrito Federal | R$ 8.586 |
Média (20 cidades) | R$ 7.639 |
Niteroi | R$ 7.447 |
Florianópolis | R$ 6.468 |
Recife | R$ 6.018 |
Belo Horizonte | R$ 5.898 |
São Caetano do Sul | R$ 5.897 |
Fortaleza | R$ 5.864 |
Vitória | R$ 5.631 |
Porto Alegre | R$ 5.596 |
Campinas | R$ 5.420 |
Curitiba | R$ 5.417 |
Santo André | R$ 5.238 |
Santos | R$ 5.063 |
São Bernardo do Campo | R$ 4.894 |
Salvador | R$ 4.725 |
Vila Velha | R$ 4.498 |
Goiânia | R$ 4.245 |
Contagem | R$ 3.552 |
Fonte: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/imoveis-sofrem-queda-real-de-8-21-nos-ultimos-12-meses