06/08/2020 - Copom anunciou nesta 4ª feira Decisão se deu por unanimidade Juros base estavam em 2,25% ao ano
O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu nesta 4ª feira (5.ago.2020) cortar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual. A decisão –já esperada pelo mercado– levou o percentual de 2,25% para 2% ao ano –o mais baixo da história. Eis a íntegra (50 Kb) do comunicado.
A decisão foi tomada por unanimidade mesmo com a melhora das projeções para a economia em 2020. Também é a 9ª queda consecutiva da Selic.
Na penúltima reunião, quando os diretores do BC (Banco Central) decidiram reduzir os juros em 0,75 ponto percentual, as projeções dos analistas indicavam que o PIB (Produto Interno Bruto) do país teria queda de 6,51% em 2020.
Nas últimas estimativas do Boletim Focos, os economistas e operadores de mercado passaram a calcular queda menor da atividade econômica: 5,66%. Mesmo assim, o Banco Central entendeu que o nível de juros de 2% ao ano é o mais adequado para estimular a economia no momento.
Usado para controlar a inflação, os juros base em nível mais baixo estimula a economia, possibilitando crédito com taxas menores. Outros países também anunciaram corte nas taxas durante a pandemia de covid-19, que impactou negativamente a economia mundial.
O Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos), que é a principal referência para o Brasil, mantém os juros no intervalo de 0% a 0,25% desde março deste ano. A última decisão foi na na 4ª feira (29.jul.2020) anterior.
O isolamento social limita o consumo das famílias e adia decisões de investimento. No Brasil, a inflação, que já estava baixa, está sendo operada abaixo do piso da meta.
Medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplos), a inflação somou 2,13% no acumulado de 12 meses até junho. As projeções atuais indicam que vai terminar o ano em 1,63%. A meta de inflação é o intervalo de 2,5% a 5,5%.
Com o índice de preços bem abaixo, a maioria do mercado já esperava o corte adicional de 0,25 ponto percentual. Mesmo com os indicadores econômicos demonstrando melhora da economia em junho, o nível ainda é insuficiente para uma retomada mais rápida da economia. A indústria teve o pior trimestre da história de abril a junho, com queda de 19,4% no período.
Fonte: Poder 360